O professor Luedy está ministrando a disciplina, na qual ele mesmo relatou que não é a sua área de atuação, sentindo-se em uma situação de desconforto, pois percebe que a turma está dispersa na aula, observando que está havendo grande dificuldade em trabalhar os textos que estão sendo propostos.
Fazendo esse comentário o professor Luedy aguça nos alunos questionamentos, como por exemplo, a aluna Lisandra o interpela questionando que não está conseguindo compreender qual a sua intenção em trazer esses textos para serem trabalhados na aula e que não vê nenhuma ligação entre os textos e a disciplina.
Luedy tenta explicar para a turma que está buscando a melhor maneira possível de trabalhar a disciplina, pois reconhece que realmente os textos são complexos e que é necessário melhor aprofundamento nos temas trabalhados.
Atuar em uma área que não seja a sua requer do profissional bastante habilidade e competência para que assim o mesmo consiga atingir a expectativas do seu publico alvo. É necessário que o profissional avalie antes de tudo, no caso do professor quais os conteúdos que devem realmente ser trabalhados na disciplina e qual o melhor método de passar este conteúdo, para que o aluno consiga absorvê-lo e aplicar na sua realidade cotidiana.
Quando o aluno passar no vestibular ele idealiza que está saindo do mundo hipócrita, egoísta para ir rumo ao novo mundo onde tudo será perfeito. Mas quando se começa a viver a Universidade percebe que não mudou muita coisa, praticamente continua tudo igual, falta de professor, professores atuando em áreas diferentes da sua formação, sem contar o método tradicionalista que os mesmos insistem em trabalhar, ignorando a opinião do aluno ou na maioria das vezes não o oportunizando em expor suas dúvidas e ideias criando uma barreira entre aluno e professor.
A livre expressão de pensamento é um instrumento aliado do aluno onde o mesmo pode vir a ajudá-lo a expor seus pensamentos interpretando o modo como ele visualiza esse novo mundo no qual está inserido, tomando a iniciativa de buscar meios que o possibilite avançar o seu desenvolvimento não só como aluno, mas principalmente como ser humano.
Em seguida é exposto para a turma um documentário cujo título é Nascidos em bordéis. Este documentário foi feito na Índia, em um bairro conhecido como “bairro da luz vermelha”, onde é intenso o fluxo da prostituição. Esse documentário vem mostrar a realidade da vida de muitas crianças filhas de prostitutas que se vêem sem perspectivas, invisíveis, numa sociedade excludente e preconceituosa.
São relatadas ainda nesse documentário, questões educacionais, que na Índia são irrelevantes. Essas crianças filhas de prostitutas, não são aceitas nas escolas, internatos, portanto não tem acesso a educação formal.
Ao contrário da Índia, as crianças brasileiras possuem mais benefícios e oportunidade tanto em projetos educacionais como em projetos sociais. Na Índia, o fato dos pais dessas crianças serem prostitutas e alcoólatras desempregados formam um circulo vicioso onde o destino de seus filhos tende a ser o mesmo devido à exclusão social.
Este documentário foi feito por uma norte americana chamada Zanna, que voluntariamente começou a dar aulas de fotografia para as crianças do bairro da luz vermelha com a intenção de estimulá-los e de dar um novo sentido à suas vidas. Foram várias as tentativas de melhoria para as crianças daquele bairro, então a fotografa conseguiu incentivá-los a fotografar e em suas aulas ele explicava que nas fotografias existia uma realidade que as vezes não eram percebidas no dia a dia, e que para ser vista era preciso ter um olhar amplo, pois em cada fotografia existe um pano de fundo que precisa ser interpretado segundo um olhar crítico.
Zanna lutou por benefícios em favor daquelas crianças e com muitos sacrifícios e empecilhos conseguiu matricular alguns em internatos, conseguiu divulgar as fotografias tiradas por eles, tanto na Índia como no exterior. Embora houvesse muito muita luta e tivesse feito tudo eu estava em seu alcance, muitas de suas tentativas fracassaram, mas mostrou para nós telespectadores, que vale a pena tentar e contribuir para que haja uma sociedade inclusiva e justa onde todos tenham os mesmos direitos e oportunidades.
Relato elaborado por Ivanilda, Livia Neri, Luziana, Vânia, Viviane Machado